Projeto 1 - Acervo da Poesia Brasiliense - Custo R$50.000,00
Projeto 2 - A poesia brasiliense de Vicente Sá - Custo R$15.000,00

Acervo da poesia brasiliense

Este projeto nasce da vontade de mapear, jogar luz, criar um acervo e preservar o patrimônio cultural brasiliense, com ênfase na literatura e oralidade poética da cidade. Uma série de muitos produtos de registro estão previstos no acervo, a um custo muito baixo para a durabilidade e democratização do acesso aos mesmos.

Figuras indispensáveis à cultura, os poetas cumprem a premissa da criação de Brasília: a valorização da resultante da diversidade cultural, da miscigenação artística, social e econômica sem precedentes. Com o intuito promoção e valorização de sua diversidade e criação artística, foram selecionados 5 poetas representativos e diversos do cenário brasiliense para iniciar o acervo audiovisual da poesia brasiliense. São eles: Climério Ferreira, Angélica Torres, Kika Sena, Cristiana Sobral e Vicente Sá.

São produtos previstos neste projeto: 

1) 5 audiolivros de poesia, disponibilizados gratuitamente nas plataformas de streaming e no site do projeto; 
2) 25 vídeos de poesia, em que cada um dos 5 poetas selecionados recitam 5 de suas próprias criações; para disponibilização nas redes sociais e site do projeto; 
3) 5 podcasts com entrevista de 30 minutos com cada um dos poetas, para disponibilização nas plataformas de streaming e 5 vídeos; 
4) 5 entrevistas em vídeo, com as versões filmadas, editadas e legendadas das entrevistas, que alimentarão as redes sociais e o site do projeto, da Biblioteca Nacional e parceiros; 
5) 5 ensaios fotográficos com os poetas selecionados realizados pelo fotógrafo Diego Bresani; 
6) 1 página do projeto, contendo todos os produtos realizados; 
7) 25 cartazes de poesia visual, os poemas selecionados com diagramação especial para exposição e alimentação das redes dos parceiros; 
8) 1 exposição a ser realizada na Biblioteca Nacional de Brasília, contendo todos os produtos produzidos.

CUSTO ESTIMADO: R$50.000 (cinquenta mil reais), para 72 produtos.




A poesia
brasiliense
de Vicente Sá


Esta exposição visa eternizar a poesia de Vicente Sá em sua própria voz. Poeta de poemas curtos e bem urdidos, Vicente Sá dá vida a sua poesia não apenas escrita; sua identidade de narrador é também expressão artista única. Para acompanhar um audiolivro com 30 poemas do autor, o fotógrafo Diego Bresani preparou um ensaio fotográfico com 15 peças para ilustrar o projeto.

O evento de lançamento, na Biblioteca Nacional de Brasília, consiste de 1) estações contendo os áudios das poesias narradas especialmente para o projeto, por Vicente Sá; 2) além dos áudios das poesias, cada estação trará um poster com design em poesia visual dos textos poéticos; 3) uma exibição dos retratos de Vicente Sá, acompanhado de uma áudiodescrição, para democratização do acesso ao evento.


Custo estimado para viabilizar as ampliações e moldura das fotografias, diagramação e impressão dos cartazes e produção e montagem da exposição: R$15000 (quinze mil reais).


prévia do Ensaio por Diego Bresani

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prévia do AUDIOLIVRO de poesia, produzido por túlio borges

Quero morrer assim
Depressa
Sem jeito ou aviso
Rubro
Com o gesto mais vermelho que eu possa ter
Puro como sempre fui

Quero morrer assim
Trabalhando como um jumento
Malandro como ninguém
Brasileiro até o cu
Doido
Numa gargalhada tão imensa
Que me deixe sem graça depois de morto

Quero morrer assim
Nu
Nu como nasci e alegre como a esperança
Sem deixar testamento ou testemunho
Mas à sombra parda de um sussurro
No gingado de um esquina
No plano reto de Brasília

Quero morrer assim
Não como se escutasse música
Mas tocando
Não recebendo chamado
Mas chamando:
- Jota Cristo, vamos pro barbeiro, pô!

Quero morrer assim
Cercado de amigos e cachaça
No colo da eterna companheira
Bonito
Poeta
E não ser lembrado
Mas passar
Como uma puta sacanagem de grogue
Deixando ao mundo apenas a ressaca

Eu
Vicente Sá
Quero morrer assim

Vivo!

Faz de conta que isso é apenas um poema
E eu sou um casco de navio
Salgado e vadio
Esperando perto
Bem perto do mar

Faz de conta que minha filha ainda é pequena
E mora apenas no meu coração
Faz de conta que eu não sou triste e perdido
Que todo sapato tem o seu cadarço
E que a gente ainda pode conversar
Faz de conta que a gente ainda pode fazer de conta

Tinha uma lua cheia
De um tamanho grande
Coisa de a gente ser de outro jeito
Assim
Mais feliz
Como quem dança um frevo
Ou fica encantado
Em algum lugar

Me dá um beijo e
Faz de conta que isso não é apenas
Um poema

Meu coração, agora eu sei
Não é pivete nem é lei
Picha muro e fura fila
E como todo mundo se atira
E às vezes morre pela boca
Meu coração é um porra louca
Pira tanto e careteia
Te acha linda
Te acha feia
Vai fundo e sai da reta
Meu coração é um pateta
Vive trancado no peito
Não vê o mundo direito
Só imaginando cores
Meu coração e seus amores
Cada porrete no quengo
Meu coração adora um dengo
Fica feito omelete
Canta tango e se derrete
Mas depois sai de fininho
Pula o muro do vizinho
E se deita assim sozinho
Sonhando uma canção

Meu coração é um barato ou não?


curadoria e produção de túlio borges